Posted by on 4 de fevereiro de 2019

MÉDICOS & ENFERMEIROS:

DESCUIDADOS CONSIGO, DEDICADOS AOS OUTROS

UMA REALIDADE DESAFIADORA

O DeRose Method é referencia mundial na área de reeducação de hábitos, aumento de qualidade de vida, alta performance e gestão do stress, com trabalho reconhecido na América Latina, Europa e Estados Unidos.

Por isso, na escola certificada Método DeRose Gama Deça, habitualmente temos uma busca bastante significativa de profissionais de muitas segmentos que buscam mais qualidade de vida e aumento de desempenho.

Surpreendentemente, nos últimos três anos, iniciou-se uma procura crescente e importante de profissionais do setor da saúde, prioritariamente médicos das mais variadas especialidades, chefes de enfermagem, enfermeiros e dentistas.

Isto deixou-nos muito curiosos, levando-nos a questionar qual era a qualidade de vida desses profissionais e de como poderíamos realmente ajudá-los.

Principiamos então uma pesquisa bastante rica que incluiu entrevistas com os nossos alunos médicos e enfermeiros, outros clínicos das mais variadas especialidades, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais de radiologia.

Incluímos também pesquisa de estudos sérios sobre o tema da saúde ocupacional para quem trabalha nesta área, e o saldo foi um panorama ainda inicial, mas já com muitos elementos para construir uma visão crítica do cotidiano destes guerreiros dos cuidados com a saúde.

Os resultados foram bastante curiosos e um tanto quanto preocupantes. Observamos que a atividade laboral no setor da saúde, embora proporcione inúmeras gratificações como a possibilidade de mitigar a dor e o sofrimento, curar, prevenir e diagnosticar doenças, salvando vidas, também incluem alguns vetores bastante conflitantes no estilo de vida dos profissionais deste segmento e na maneira como gerenciam vida pessoal e profissional.

Entre esses vetores, alguns que podem influenciar na qualidade de vida dos profissionais, que identificamos, foram:

  • A responsabilidade

Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, com suas especializações, representam, grosso modo, o universo do profissional de saúde, incluindo, todos estes ofícios, um grau maior (o médico) e um menor (o técnico) de grande responsabilidade cotidiana sobre a vida de dezenas e mesmo centenas de pessoas.

Responsabilidade, do latim respondere, que significa responder, prometer em troca, é um substantivo que aponta a obrigação de responder por atos próprios ou alheios, ou por uma coisa confiada.

Muito valorizada pelas organizações, indivíduos sobre grande carga de responsabilidade, por muitas horas seguidas, como é o caso dos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, no ambiente dos hospitais e postos de saúde, desencadeia uma atmosfera interna de muita ansiedade e pressão. Como este clima perpetua-se quase que por toda a vida laboral destes ofícios, a resultante é o estresse crônico, uma autêntica pandemia, entre aqueles que elegeram esta profissão, segundo os estudiosos sobre qualidade de vida no ambiente hospitalar.

  • Contato com a dor e a morte

Não é natural ao Sapiens conviver confortavelmente com a dor, o sofrimento e a morte.

A medicina moderna, com seu poder tecnológico e científico, fez progressos que recuaram cada vez mais o limite da morte, transcendendo os ciclos naturais de nascimento, vida e aniquilação do corpo.

No entanto, muitos profissionais, quando não alcançam entender este tempo, evitando a morte ou suavizando o sofrimento, além da percepção impactante de finitude, frustram-se muito, sofrendo com a sensação da impotência diante da aniquilação da vida. Alguns profissionais não aceitam e não reconhecem seu luto pela perda e o sofrimento impingido aos familiares da vítima.

Profissionais de saúde coexistem diariamente com estas aflições, envolvendo o desafio de realizar escolhas difíceis, de responsabilidade enorme, envolvendo vida e morte, promovendo um estresse adicional, numa atividade que já é desafiadora.

Diante da dor dos familiares, o profissional não permite- expressar suas emoções e angústia, que com o tempo, conduz ao desequilíbrio psicofísico, como casos recorrentes, quase endêmicos, de depressão e aumento da incidência da Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional.

A Síndrome de Burnout é caracteriza-se de três sinais:

    • Exaustão emocional, caracterizada por uma falta de energia, entusiasmo e sensação de colapso de recursos;

    • Despersonalização, sinalizada por tratar os pacientes, colegas e a organização de forma impessoal;

    • Baixa realização profissional, que faz com que o profissional perceba-se de forma negativa, infeliz e insatisfeito com sua expectativa profissional.

Trabalho, trabalho e trabalho

Médico bom é médico que trabalha muito”. Entrevistando vários médicos, esta foi uma frase que ouvimos recorrentemente. Desde a formação, parece que esta citação é incutida pelos professores, replicando-se depois, na residência médica, que se constitui em uma pós-graduação destinada aos médicos, como curso de especialização.

Esta compulsão pelo trabalho, não é uma exclusividade da carreira médica, pois também incluem os enfermeiros e técnicos nos hospitais e clínicas, sendo uma das áreas profissionais que mais abrangem renúncia ao tempo de lazer e convivência com os familiares.

Para os médicos, tudo inicia no vestibular, seguindo da graduação em período integral, residência médica e continua por toda a vida nos plantões, consultórios e cirurgias.

O afastamento da família decorrentes dos prolongados plantões também é duramente sentido entre os demais profissionais da saúde, além do desgaste físico devido às rotatividades de turnos, plantão noturno, jornada de trabalho de 12 horas, plantão durante os finais de semana e feriados, a ausência de regularidade durante as refeições e sobrecarga física.

A resultante desta realidade, segundo vários depoimentos, principalmente observada no ambiente hospitalar, é de carreiras profissionais seriamente comprometidas por casos recorrentes de distúrbios do sono, dores na coluna, cefaleia, poucos cuidados com a alimentação, ganho de peso, sedentarismo, cansaço, além de graus variados de ansiedade e desajuste ao trabalho.

UM estudo conduzido pela American Foundation for Suicide Prevention ®, em 2008, descobriu que o índice de suicídios entre médicos é 70% maior que na população em geral. Entre médicas, 400% maior.

É extremamente desafiador para todos os envolvidos, criarem uma rotina saudável de boa alimentação, atividade física, sono, convivência familiar etc, diante de um quadro de horários de trabalho tão dissonante. Aqueles que alcançam uma disciplina de cuidados consigo, não são a regra, mas exceção.

Em síntese: o profissional da saúde cuida-se pouco, na proporção em que cuida muito dos outros.

Acompanhe nosso BLOG. No texto da próxima semana, apresentaremos como o DeROSE Method Gama D’Eça pode ajudar você que se identificou com estes problemas dos profissionais da saúde.

Prof. Joris Marengo

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